Como você já
deve ter percebido, a Bíblia como a conhecemos hoje, é divida em dois grandes
grupos de livros: O Velho e o Novo Testamento. Para compreendermos o
significado desses nomes, precisamos saber que a palavra “Testamento” quando
utilizada para designar esses dois grupos de livros, significa “aliança”
(pacto, contrato, concerto).
O Velho
Testamento descreve principalmente a aliança de Deus com o povo de Israel. Deus
fez um pacto com esse povo, e esse pacto e todos os seus pormenores estão
descritos em todo o Velho Testamento. Nele também vemos a indicação de Deus de
um pacto ainda maior que alcançaria todas as nações através do Messias (Veja
aqui o que significa Messias).
O Velho
Testamento é constituído por 39 livros (vai de Gênesis a Malaquias)
O Novo
Testamento é inaugurado com a vinda do Messias, Jesus Cristo. Nessa nova
aliança vemos Cristo dando Sua vida para a salvação dos que crêem (tanto os do
povo de Israel quanto as pessoas de outras nações) e inaugurando a igreja, que
foi depois continuada pelos apóstolos. Vemos ainda no Novo Testamento a
indicação clara da segunda vinda de Jesus Cristo para selar plenamente a
“aliança”. Isso se dará através do fim dos tempos, do juízo final.
O Novo
Testamento é constituído por 27 livros (vai de Mateus a Apocalipse)
Os Mandamentos de Jesus Cristo
Na última semana antes da sua crucificação, os
conflitos entre Jesus Cristo e os líderes religiosos em Jerusalém chegaram ao
seu auge. Jesus respondeu com sua sabedoria divina a todas as perguntas,
frustrando um adversário após outro. Mateus nos diz que, depois de vários destes
encontros, “os fariseus sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se
em conselho. E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou:
Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?” (Mateus 22:34-36). Enquanto Marcos
sugere certa sinceridade da parte do escriba que perguntou (veja Marcos
12:32-34), é provável que outros fariseus esperassem que Jesus tropeçasse nesta
pergunta. Como eles exaltavam alguns mandamentos e negligenciavam outros,
talvez imaginassem uma oportunidade para acusá-lo mais uma vez de desrespeitar
o sábado ou alguma regrinha deles sobre a purificação cerimonial.
Independente
dos motivos dos interrogadores, a resposta do Mestre merece a nossa atenção:
“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda
a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.
O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes
dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40). Algumas
observações sobre este texto nos ajudarão a fazer o uso correto destas palavras
do Senhor.
1) Jesus não
citou dois da lista dos “Dez Mandamentos” do Antigo Testamento. Talvez os
fariseus esperassem que ele destacasse o sábado ou alguma outra lei sobre o
comportamento externo do homem, mas Jesus respondeu de outra maneira. As
palavras que ele citou não vêm dos Dez Mandamentos e sim, de passagens menos
conhecidas. A instrução de amar a Deus vem de um dos últimos discursos de
Moisés (Deuteronômio 6:5). E o segundo mandamento vem do meio de uma lista de
instruções sobre o tratamento de outras pessoas (Levítico 19:18).
2) Jesus
claramente viu Deus acima do homem, e o serviço a Deus acima de causas
humanitárias. Isso não diminui a importância de servir aos outros, que é
claramente de grande importância no ensinamento bíblico, mas nos lembra da
prioridade necessária. Os contextos destas citações frisam o fato fundamental
de que “o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Deuteronômio 6:4; Marcos
12:32). As noções dominantes no ecumenismo moderno, que buscam um denominador
comum nas obras de caridade e diminuem a importância da conversão ao único
verdadeiro Deus, afrontam diretamente o Deus que merece o nosso amor absoluto e
incondicional. O primeiro mandamento é amar a Deus!
3) É
impossível amar a Deus sem amar aos outros. Um dos apóstolos de Jesus escreveu:
“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele
que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1
João 4:20).
4) Estes
mandamentos não vêm da Lei, a Lei vem destes mandamentos. Sim, estes
mandamentos aparecem nos livros da Lei do Antigo Testamento, mas Jesus explica
a relação entre estes e os outros mandamentos: “Destes dois mandamentos
dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:40). A Lei reflete o caráter
daquele que o deu: “Deus é amor” (1 João 4:8). Ao invés de entender estes dois
mandamentos como parte de um código moral, devemos entender que todas as
revelações de Deus, sejam mandamentos dados no Antigo Testamento para os
israelitas ou mandamentos dados por Jesus para todas as pessoas, dependem
destes princípios que vêm da própria natureza de Deus.
Jesus não
nega a importância de obedecer às outras instruções do Novo Testamento, mas nos
lembra que qualquer exigência divina se baseia no caráter de Deus. Desta
maneira, entendemos que o amor ao Senhor inclui obediência a todas as
instruções que ele nos deu. O mesmo Jesus esclareceu este fato quando disse:
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos” e “Quem não me ama não guarda as
minhas palavras” (João 14:15,24).
Fonte:
http://www.esbocandoideias.com/2011/08/o-que-significa-velho-testamento-e-novo-testamento.html
http://www.estudosdabiblia.net/jbd096.htm
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